Diga o que cada um destes substantivos diz a você, neste exato momento. Não vale pensar pra escrever. Vale um nome, uma lembrança, uma definição.


Amor: o que sinto por mim, por meus filhos, meus amigos, pela vida

Saudade: do tempo em que indignação era ação e não falação

Tristeza: ver e pouco poder fazer por tantas crianças de rua

Esperança: que o amanhã seja sempre melhor que o hoje

Paixão: minha mola propulsora. Quanto mais intensa e louca, melhor!

Sexo: quanto mais qualidade e novidade mais gostoso fica

Amizade: é gostar de alguém independente de distância, tempo, espaço. É um sentimento que me faz tolerante, solidária, melhor.

Qual foi a maior loucura que você cometeu?


Não consigo considerar loucura qualquer coisa que tenha feito (especialmente se forem sexuais...rs...)! Pra mim, nada é loucura! Já fiz uma infinidade de coisas de forma impulsiva. Algumas com conseqüências sérias, outras divertidas e outras que quase me provocaram um enfarte! Mas pra não fugir à intenção da entrevista, vai um caso que pode parecer mais idiotice que loucura:

Ainda adolescente, eu já era militante política de esquerda radical. Durante alguns anos tive uma vida quase que clandestina. Um dia, um dos meus companheiros (por acaso meu namorado) foi preso e sumiram com ele. Aqueles célebres sumiços comuns na ditadura. Eu, que já era antiga conhecida dos milicos, resolvi juntar os mais corajosos e fomos pra rua protestar. Escolhemos a Praça Sete, na época o centro fervilhante de BH, e fizemos o maior escarcéu. Em pouco tempo, lá estava metade do Doi-Codi. No meio do corre-corre, resolvi enfrentá-los. Paguei super caro, sem nenhum resultado prático. Do Zé Roberto (meu namorado) só tive notícias muitos anos depois, quando descoberto o cemitério de Perus. Mas não me arrependo e faria tudo de novo! Pra mim, nada é louco ou idiota demais quando se faz por um amor ou por um ideal.

O que te deixa muito chateada nas suas relações pessoais?

Numa relação amorosa, detesto inseguranças, crises de ciúmes, possessividade. Isto não me chateia, me afasta radicalmente!

Eu, Loba

Pra quem ainda não sabe de mim, sou loba. Do asfalto e das montanhas de Minas.
Mãe de Rômulo e Remo, predadora por natureza e panfletária por opção. Sou de lua e sou de sol, mas são as estrelas que piscam pra mim.
Acredito no amor, amo a paixão e tenho o velho hábito de odiar injustiça, preconceito e discriminação. Sou chata quase sempre, mas entre uma chatice e outra, sou boa gente. Já tive trocentos blogs. Metade deles perdi por incompetência. A outra metade deletei por incoerência. Escrevo por necessidade, poeto por demência. E vejo poesia em quase tudo, até em mim.
Gosto de Almodóvar, das Noites de Cabíria e dos Sonhos de Kurosawa. Amo Drummond, Clarice, Stendhal, Leminski, Cecília, Guimarães e uma porrada de autores bons deste lindo universo que é a Literatura Brasileira. Sou completamente apaixonada por Chico – por seus belos olhos e suas belas letras - e pela tropicália. Sou filha do Rock’n roll, afilhada do Jazz e amante do Blues. Sou azul e sou vermelha. Branca e preta. E brasileira.


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